Sonâmbulo
Vagante de dois mundos: O das mazelas e o dos bons frutos. Perdido, não vê futuro. Pergunta-se sobre qual acreditar: A dura realidade ou nas promessas para se sonhar. Não tem resposta, só resta caminhar. Não é cego, sabe disso bem pois vivencia as belezas do onírico e da natureza Olhando para trás, nos sonhos relembra sorrisos] Para frente, acordado... Somente o futuro Temebroso e impreciso.
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Sociedade dos Quadros
Em um quadro na parede Um veleiro a escorregar Impondo sua faixada Faz o resto se apagar Viro minha cabeça Ha borroes no mar Esse quadro afinal Foi muito rápido de pintar Logo após olho as bordas A moldura está rachada, Remendada, gasta, mas Segura a água morna Afunilando a atenção Observo toda a parede Mais quadros pendurados Todos iguais na essência Veleiros deslizando Cada um com seu borrão No mar, na vela ou no chão O que nos faz refletir Na sociedade dos quadros Se juntassemos todos eles Borroes seriam focados Chegando um dia, a uma parede perfeita Gustavo Fernandes Ponteiros da vez
Começa num jogo de encaixe Como os das crianças Acertando e Errando Balizamos as lembranças Agora abrindo as gavetas Presente a novidade Arrumando os talheres Com mais liberdade Hora de peneirar Fazer um bolo com a avó Misturando experiência, Novidade e vem o Nó Observando os pais trabalhando num relógio mecânico Complexo e interligado Como o jogo de encaixes Arrumam e reparam O relógio parece consertar Mas uma hora como cão velho Volta a desandar É chegada a hora Nossa vez de montar Um novo mecanismo Para tudo funcionar Agora enxergamos as ligas O encaixe, o bolo, A gaveta e as pistas Tudo em um coral E enfim percebemos O mecanismo é e deve ser Refeito para encaixar nas gavetas, pelos boleiros de cada tempo Autor: Gustavo Fernandes |
AuthorO povo ArchivesCategories |